Gestão de Riscos Inovadora
Risk Doctor Briefing
© Setembro 2005, Dr David Hillson PMP FAPM – [email protected]
Uma revista de gerenciamento de projetos recentemente publicou um artigo sobre inovação que tinha um tom provocativo ao declarar que “A gestão de projetos tem a ver com processos e gestão de riscos, e isso é o oposto absoluto da inovação”. Este desafio para gestão de riscos merece uma resposta!
O propósito da gestão de riscos em projetos e nos negócios é procurar pelas incertezas significantes e abordá-las de forma proativa. Ela é mais efetiva quando considera ambas as ameaças e as oportunidades, conforme recomendado pela maioria das normas de melhores práticas. Certamente alcançar este objetivo requer muita inovação?
A primeira área onde a criatividade é essencial é na identificação de riscos. Isso requer pensar no que ainda não foi pensado, não ser restrito pelo “o Plano”, mas considerar outras opções e alternativas. São perguntas do tipo “E se… Por que não… Somente se… Que tal?”. Problemas potenciais (ameças) e benefícios não esperados (oportunidades) podem ser identificados usando uma gama de técnicas criativas, incluindo brainstorming (chuvas de idéias), assumptions-busting (colocar as premissas em dúvidas), análise de causa-raiz, visualização, análise de cenários, pensar no futuro. Realmente não é possível identificar riscos sem ser inovador e racionar novos pensamentos.
Mas a segunda parte do processo de riscos também requer um novo pensamento, ou seja, desenvolvimento eficaze de respostas aos riscos. Segundo a opinião de Einstein “Não é possível resolver um problema usando o mesmo pensamento que o criou”. Não é suficiente apenas identificar os riscos, e se uma ação apropriada não é tomada então a esposição ao risco permanecerá imutável. No entanto, decidir o que é “apropriado” para cada risco exige um grau de inovação, estar disposto a considerar e implementar ações que antes não foram analisadas como sendo necessárias. Einstein também definiu a loucura como “Fazer a mesma coisa várias vezes e esperar resultados diferentes”, que pode ser dita de outra maneira “Se continuar fazendo o que sempre fez, sempre receberá o que sempre recebeu!” Como o provérbio chinês diz, “Se não mudarmos de direção, é provável que cheguemos aonde iríamos”.
Parece aceitável que o autor da frase “a gestão de riscos o oposto da inovação” estivesse provavelmente reagindo a uma caricatura antiga da gestão de riscos. Se o objetivo da gestão de riscos é percebido como prevenir as variações do plano a todo custo, aderindo desesperadamente a abordagem original e recusando todas as mudanças, então é verdade que a criatividade e a inovação serão reprimidas. Porém a gestão de riscos moderna é muito diferente. Ela abraça ativamente e dá boas-vindas às mudanças, reconhecendo que alguns riscos oferecem uma oportunidade de melhorar o plano original trabalhando de forma “mais inteligente, mas rápida e mais barata” – existe tanto o aspecto positivo quanto o negativo.
“A gestão de riscos não criativa” é um paradoxo que não pode existir, e a gestão de riscos sem a inovação só repete e registra o inevitável. Para ser eficaz o processo de risco deve incorporar idéias inovadoras e criativas tanto na identificação de risco como no desenvolvimento de respostas, buscando de maneira proativa as incertezas potencialmente siginificantes e abordá-las
apropriadamente. Qualquer coisa a menos não merece ser chamada de gestão de riscos.
Traduzido por Marconi Fábio Vieira, PMP –
Para dar opiniões sobre este artigo, ou para maiores detalhes como desenvolver uma gestão de riscos eficaz, contate Doctor Risk ([email protected]), ou visite o web site do Doctor Risk (www.risk-doctor.com).
Autor
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• Certificado PMP (Project Management Professional) desde 2003. • Certificado MVP (Most Valuable Professional) em Project da Microsoft desde Janeiro 2009. • Autor do livro “Gerenciamento de Projetos de Tecnologia da Informação”, 2ª Ed., outubro de 2006 – Editora Campus/Elsevier – Prefácios de Ricardo Viana Vargas e Danúbio Beker Borba. • Atua como consultor na equipe de planejamento de projetos de grande porte, apoiando as áreas de Engenharia Civil, Tubulação, Instrumentação, Elétrica, Mecânica e Processo, envolvendo Projeto Conceitual, Projeto Básico, FEED, Processo de Licitação e Aquisição, Construção e Montagem, Condicionamento, Pré-operação e Partida de unidades de processo na área petroquímica.
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