Três Tempos da Identificação de Risco: PASSADO, PRESENTE E FUTURO
Risk Doctor Briefing
© Novembro 2006, Dr David Hillson PMP FAPM – [email protected]
Um risco não pode ser gerenciado a menos que ele seja identificado primeiro, e o propósito da identificação de risco é identificar todos os riscos conhecidos. Diversas técnicas estão disponíveis para identificação de risco, e as pessoas geralmente ficam pensando qual é a melhor. Deveríamos entrevistar todos os stakeholders, ou promover um workshop, ou talvez rever uma lista ou distribuir um questionário de risco?
A identificação de risco é dividida em três categorias, que possui três perpectivas diferentes de tempo – passado, presente e futuro.
1. Revisão histórica. Esta olha o que já aconteceu no passado, mesmo durante esta situação, ou em outras que são comparáveis. Ela se baseia em seleção criteriosa de pontos de referência para garantir que elas são genuinamente similares, e em filtragem inteligente de dados para assegurar que somente os riscos anteriores relevantes são considerados. Em cada caso, os métodos de revisão histórica perguntam se os riscos que foram indentificados anteriormente podem surgir neste tempo.
2. Avaliações atuais. Estas técnicas requerem consideração detalhada da situação atual, analisando suas características confrontando com frameworks e modelos fornecidos para expor áreas de incerteza. Diferente da abordagem revisão histórica, as técnicas de avaliações atuais não confiam em pontos de referências externos, mas são baseadas puramente na examinação do que existe hoje.
3. Técnicas de criatividade. Existem muitas abordagens de identificação de riscos que encorajam as pessoas a usarem suas imaginações para encontrar possíveis riscos que podem afetar a realização futura dos objetivos. Estas técnicas dependem da habilidade dos stakeholders de pensar de forma criativa, tanto individualmente quanto em grupo, e o sucesso deles é geralmente aumentado através da utilização de um facilitador habilidoso.
Cada tipo de técnica de identificação de risco tem seu ponto forte e fraco, e não espere que somente uma técnica possa revelar todos os riscos conhecidos. As técnicas de revisão histórica dependem de quão relevante a experiência prévia é para situação existente. As técnicas de avaliações atuais baseiam-se na qualidade do processo de diagnóstico e como as pessoas estão realmente compreendendo o que está acontecendo. O sucesso das técnicas de criatividade é guiado pela habilidade dos participantes de imaginarem o futuro.
Como resultado a melhor solução de identificação de risco é utilizar uma combinação de técnicas, talvez selecionando um de cada tipo: passado, presente e futuro. Por exemplo, pode ser melhor usar uma lista de verificação de risco (revisão histórica), junto com análises de premissas (avaliações atuais) e brainstorming (criatividade). Outra boa prática é envolver diferentes stakeholders na identificação de riscos, preferencialmente em grupos, já que eles podem visualizar os riscos de perspectivas variadas. Uma organização que confia apenas num ponto de vista ou utiliza somente um tipo de técnica de identificação de risco está prestes a não identificar riscos importantes, deixando-a exposta às ameaças que poderiam ter sido evitadas, resultando na perda de oportunidades.
Perspectivas múltiplas oferecem uma visão mais ampla dos riscos que podem causar impactos, conduzindo a uma identificação mais eficaz de riscos.
Traduzido por Marconi Fábio Vieira, PMP
Para dar opiniões sobre este artigo, ou para maiores detalhes como desenvolver uma gestão de riscos eficaz, contate Doctor Risk ([email protected]), ou visite o web site do Doctor Risk (www.risk-doctor.com).
Autor
-
• Certificado PMP (Project Management Professional) desde 2003. • Certificado MVP (Most Valuable Professional) em Project da Microsoft desde Janeiro 2009. • Autor do livro “Gerenciamento de Projetos de Tecnologia da Informação”, 2ª Ed., outubro de 2006 – Editora Campus/Elsevier – Prefácios de Ricardo Viana Vargas e Danúbio Beker Borba. • Atua como consultor na equipe de planejamento de projetos de grande porte, apoiando as áreas de Engenharia Civil, Tubulação, Instrumentação, Elétrica, Mecânica e Processo, envolvendo Projeto Conceitual, Projeto Básico, FEED, Processo de Licitação e Aquisição, Construção e Montagem, Condicionamento, Pré-operação e Partida de unidades de processo na área petroquímica.
Todos os posts