Tudo a ver com Objetivos
Risk Doctor Briefing
© Novembro 2009, Dr David Hillson PMP FAPM – [email protected]
A definição mais simples de risco como “incerteza que importa” fornece dois testes simples para verificar se uma coisa é realmente arriscada ou não.
A primeira e a mais óbvia característica de um risco verdadeiro é que ele é incerto. Se alguma coisa é um fato, restrição, requisito, problema ou aspecto, então não é um risco. Porém, nem todas as incertezas são riscos, que nos leva ao segundo teste de um risco real: ele é importante? A maioria das incertezas no universo não é risco porque ela é irrelevante. A única razão que precisamos identificar, compreender e gerenciar é se o risco é importante.
Então como você sabe se um risco é importante ou não?
Novamente existe um teste simples: Se ele acontecer, afetaria a realização de um ou mais objetivos?
Objetivos definem e descrevem o que importa. Para projetos eles nos informam sobre os requisitos dos resultados, entregas, tempo, custo e desempenho. Objetivos pessoais podem se relacionar com saúde, carreira, família ou satisfação.
Objetivos para organizações podem incluir aumento do valor das ações, melhoria na satisfação do cliente, proteção da reputação e sustentabilidade operacional.
A conexão explícita entre risco e objetivos explica porque a gestão de riscos é tão importante em todos os aspectos do esforço humano: os processos de riscos requerem objetivos definidos claramente. Não é possível definir riscos sem um contexto. Primeiro devemos saber o que é “em risco”, o que importa, o que estamos tentando alcançar. Somente então encontraremos os riscos que podem afetar os objetivos.
Onde os objetivos não estão claros, os processos de riscos nos forçam a parar e defini-los antes de continuarmos.
A natureza proativa dos processos de riscos cria espaço de gestão, dando tempo para pensar, refletir e considerar a melhor resposta.
Usando os processos de riscos como um radar é possível sermos avisados com antecedência de como abordar as incertezas que podem afetar nossos objetivos.
Os processos de riscos identificam incertezas específicas que podemos endereçar. Isso inclui ambas as ameaças que podem atrasar o nosso progresso, bem como as oportunidades que podem nos ajudar. Expondo estes fatores antecipadamente, os processos de riscos nos dão a chance de fazer alguma coisa sobre eles antes que seja muito tarde. Quando ações proativas não são possíveis, temos tempo de decidir sobre os planos de contingência, ou talvez possamos mudar a direção ou até mesmo parar tudo.
A priorização de riscos pelos seus potenciais de afetar os objetivos (bem como suas chances de acontecerem) garante que estamos dando mais atenção aos riscos mais importantes.
Direcionar adequadamente as respostas aos riscos deve maximizar nossas chances de alcançar os objetivos, removendo ou reduzindo uma proporção significante de possíveis efeitos negativos de ameaças para os nossos objetivos. Elas também devem ajudar a capturar algumas oportunidades e transformá-las em benefícios reais, produzindo um ótimo resultado. Elas devem ajudar a capturar algumas oportunidades e transformá-las em benefícios reais, produzindo um ótimo resultado.
Garantir que teremos objetivos claros, nos fará pensar antecipadamente sobre o que pode afetar quando nos deparamos com eles, identificando os riscos mais importantes, e nos ajudará a encontrar meios apropriados de lidar com eles.
Os processos de riscos nos darão a melhor chance possível para sermos bem sucedidos em alcançar os nossos objetivos. Isso, é claro, é o motivo pelo qual a gestão de riscos eficaz tem sido reconhecida com uma colaboradora essencial nos negócios, projetos e outras áreas da vida.Existe outra implicação importante na conexão de riscos com os objetivos. Se risco é “incerteza que importa”, é transparente que nem todas as pessoas pensam iguais, porque elas possuem objetivos diferentes. O chefe, o gerente funcional e um trabalhador de linha de frente podem ter percepções diferentes do mesmo risco. É fácil implementar uma abordagem integrada de gestão de riscos na organização se houver uma coerente e alinhada hierarquia dos objetivos.
Riscos podem ser escalados ou delegados entre os níveis organizacionais dependendo de quais objetivos serão afetados. Todos compreendem quais riscos devem gerenciar e em qual nível da organização, porque eles focam apenas nos seus próprios riscos que afetam seus objetivos.
Gestão Corporativa de Riscos – Enterprise Risk Management (ERM) – depende de termos objetivos claros estabelecidos na corporação.Não há dúvida – os riscos têm tudo a ver com os objetivos!
Traduzido por Marconi Fábio Vieira, PMP, MVP in Project
Para dar opiniões sobre este artigo, ou para maiores detalhes como desenvolver uma gestão de riscos eficaz, contate Doctor Risk ([email protected] ) ou visite o web site do Doctor Risk (www.risk-doctor.com).
Autor
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• Certificado PMP (Project Management Professional) desde 2003. • Certificado MVP (Most Valuable Professional) em Project da Microsoft desde Janeiro 2009. • Autor do livro “Gerenciamento de Projetos de Tecnologia da Informação”, 2ª Ed., outubro de 2006 – Editora Campus/Elsevier – Prefácios de Ricardo Viana Vargas e Danúbio Beker Borba. • Atua como consultor na equipe de planejamento de projetos de grande porte, apoiando as áreas de Engenharia Civil, Tubulação, Instrumentação, Elétrica, Mecânica e Processo, envolvendo Projeto Conceitual, Projeto Básico, FEED, Processo de Licitação e Aquisição, Construção e Montagem, Condicionamento, Pré-operação e Partida de unidades de processo na área petroquímica.
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