O Aprendizado Nas Organizações
Aprender é Uma Atividade Produtiva Para as Empresas? Como se Processa o Aprendizado Nas Organizações?
Não importa o tamanho, o segmento ou o faturamento, pois uma organização está sempre em constante mudança. E após algumas horas de leituras técnicas ou cases sobre outras empresas, um Gerente poderá mudar a postura da empresa ou adotar novas funções de administração para gerir o seu setor, o departamento ou até mesmo toda a organização.
A propósito disso lembro-me de um caso ocorrido alguns anos atrás com um colega de trabalho que, assim como eu, também ocupava um cargo gerencial na mesma empresa. Após o almoço ele estava na sua sala lendo um jornal quando, de repente, passou pelo corredor um novo diretor, o qual havia sido transferido recentemente de uma filial do interior para a capital.
_ “O que está acontecendo aqui?” – indagou o diretor
_ “Estou lendo o jornal, sim!” – respondeu o Gerente. “Na hora do expediente, sim”, reafirmou ele.
_ “Na verdade chefe, eu não estou lendo o jornal, eu estou aprendendo algumas coisas. Portanto eu estou no auge da minha atividade produtiva” – disse ele.
Esse pequeno me faz recordar que dentro das organizações as coisas vêm mudando com muita rapidez, principalmente no que diz respeito à produtividade dos funcionários. Senão responda: _ Qual é o momento em que um funcionário está produzindo mais para a sua organização?
Antigamente era quando ele estava concentrado na realização de uma tarefa, a qual ele já estava cansado de saber fazê-la. Nas modernas organizações, realizando uma tarefa rotineira certamente ele estará sendo menos produtivo, do que se estivesse em uma sala de aula aprendendo algo novo – ou mesmo lendo um jornal para se atualizar profissionalmente.
Numa economia onde seus resultados são fruto do conhecimento, da inovação e das melhorias agregadas aos produtos e serviços a aprendizagem é o processo mais importante. Ou seja, ela é vital para o seu crescimento e para a sua competitividade.
Empresa que gosta de aprender, que aprende muito e aprende rápido tem muito mais chances de progredir na nova economia do que aquelas organizações que ainda conservam paradigmas sobre leitura e aprendizagem.
Eu conheço empresas – e você também – que quando os negócios vão mal a primeira providência da diretoria é cortar os custos de treinamento, os eventos de atualização, a compra de livros, a assinatura de jornais e revistas. Logo depois elas percebem que as coisas vão piorando, mas atribuem as conseqüências ao fato de a empresa estar aprendendo pouco.
Não conseguem visualizar o que as empresas mais competentes já perceberam há muito tempo. Ou seja, se algo não vai bem é preciso treinar, é necessário aprender mais sobre o próprio negócio e sobre novas maneiras de fazer as coisas.
Em todas as pesquisas realizadas sobre essa matéria os resultados são idênticos: _ empresas muito lucrativas investem bastante em educação. Organizações bem avaliadas também investem muito em treinamento e desenvolvimento de seus funcionários. As empresas que mais crescem no mundo investem pesado na aprendizagem de seus colaboradores.
Empresas modernas avaliam e gratificam as pessoas em primeiro lugar pelo seu potencial em aprender e, logo depois, pelo que eles aprendem todo dia. Após isso, as empresas vencedoras avaliam e gratificam seus colaboradores pelo grau de aplicabilidade do aprendizado nos seus próprios negócios.
Autor
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Professor, consultor e palestrante. Articulista do Jornal do Commercio (RJ) e co-autor do livro: “Trabalho e Vida Pessoal – 50 Contos Selecionados” (Ed. Qualytimark, Rio de Janeiro, 2001). Treinou – por mais de 20 anos – equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em várias empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de “Gestão Empresarial” e atualmente ministra aulas de Administração, Marketing, Técnicas de Atendimento ao Cliente, Secretariado e Recursos Humanos.
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