O veneno que a terra tira
O veneno que a terra tira
Quem somos, o que fazemos, por que fazemos, para quem fazemos, para onde vamos?
Para que servem essas perguntas?
Em que situações podemos usá-las?
Bom, desde uma reflexão existencial, passando pelo processo de gestão empresarial, até em uma parada para descanso na Serra da Mantiqueira, caminhando pela
Estrada Real, simplesmente curtindo a vida!
Conhece a Estrada Real? Não?
Hum, que pena! Recomendo. É um caminho mágico.
Ali a nossa história se fez, ali pode se perder. Visite o site da Estrada Real, mostre aos filhos, amigos, colegas para que se encantem e visitem essa maravilha nacional.
Pés, rodas, patas nas estradas, uma injeção de paz. A pé, de bicicleta ou a cavalo, não importa…
Uma oportunidade para reflexão e quem sabe para fazer aquelas perguntas e achar as respostas, não?
Assisti a um filme que tratava da revolta de um jovem com sua história devido a conflitos familiares. Este, acolhido por um fazendeiro, se viu obrigado a trabalhar na terra por causa de um delito.
Ao ser questionado pela esposa que bem aquilo faria ao jovem, o fazendeiro respondeu: – Meu pai sempre dizia que a terra tira o veneno do corpo!
Ora, por que se perder na maconha, na cocaína, no crack e não nos caminhos da aventura?
Um bom par de tênis, uma mochila nas costas, amigos, um sorriso no rosto, os olhos na paisagem, um chão de terra batida, isso sim é uma viagem.
Quando lhe perguntarem como foi o passeio, você pode simplesmente responder: “O melhor momento desta viagem foi ir e voltar!”
Mas, voltando a estrada Real, já a conhece! Que bom, neste país não faltam reais estradas para que coloquemos nossos pés, mente e corpo, em um exercício de encontro e reencontro.
As marcas que deixará não serão os rastros da violência, mas das suas pegadas, por onde passar. No chão, nas soltas areias, nas mentes e corações que encontrar. Também fazendo história e a mais importante de todas: a sua história!
Aquela que será contada por seu personagem, com a certeza de ter sido vivida.
Ouvi muitas vezes um velho sábio, espanhol de nosso bairro, repetir: – Tenha uma boa vida, rica em lembranças. Um dia, quando a idade chegar e as forças lhe faltarem, poderá novamente trilhá-las em sua mente.
Quando o via com os olhos perdidos, sabia que sua alma vagava pelos lugares que conhecera.
Há um fato que pode mudar a vida dos jovens e os afastar das drogas: a descoberta que muitos têm mais medo da vida do que da morte!
Uma vida boa é um exercício de coragem.
Coragem é a habilidade de confrontar o medo, a dor, o perigo, a incerteza ou a intimidação.
A estrada da aventura, das viagens, apresenta uma substancial diferença para a estrada das drogas e dos vícios: uma tem volta a outra não!
Para saltar de uma pedra, de asa-delta, com os olhos abertos, é preciso a determinação e a coragem que a pedra do crack não requer.
Na aventura, os pés estão sobre as pedras, no vício, as pedras estão sobre os pés.
Pedras sempre marcarão nossos caminhos.
Nas aventuras, nossas chegadas, no vício, nossa partida.
Não se mate, mas morra de rir, de cansaço, de prazer.
Vamos colocar os pés na estrada e deixar que a terra nos tire o veneno do corpo!
Tenha coragem, viva!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Autor
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Economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas.
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