Gestão de Conteúdo de Websites
O potencial dos websites de hoje está diretamente relacionado ao conteúdo dos mesmos. Com o dinamismo cada vez maior dos mercados, produtos e serviços passa a ser fundamental aos sites estarem em sintonia com estas mudanças.
Tendo em vista este cenário ouvimos a todo momento se falar de Gestão de Conteúdo para a Web, editores de conteúdo, gestores de conteúdo, geração de websites dinâmicos entre outras terminologias.
Mas o que significa gerir, administrar conteúdo? Antes, poderíamos pensar um pouco sobre o significado e o porquê do “conteúdo”, um termo que as pessoas começam a usar muito, mas não podemos encarar como apenas mais uma moda no mundo das tecnologias da informação.
O significado é diferente daquele da palavra “informação”, por conseqüência do da palavra “conhecimento”. Informação está mais para um conjunto de dados estáticos (de qualquer tipo, seja ele som, palavra ou imagem) e conteúdo traz em si um certo valor para o que está sendo informado, ou seja, quando mencionamos que alguém disse “algo com conteúdo”, por exemplo, já estamos julgando que o que foi dito tem algum valor, é coerente, tem consistência, está fundamentado numa argumentação sólida.
Essa é uma das principais diferenças entre conteúdo e informação. O termo conteúdo parece estar mais próximo da idéia de conhecimento do que está da palavra informação. Conhecimento sempre significa algum tipo de adição de valor à informação existente. Um livro numa estante não tem valor – a não ser para efeitos de decoração de ambientes – até o momento em que alguém se dispõe a lê-lo, a transformar o amontoado de informação que o livro possui.
O conteúdo de um website é um conjunto de informações, mas não de qualquer tipo de informação. Conteúdo tem um juízo de valor embutido nele, significa que a informação que o website oferece deve ter coerência, fundamentação, esforço intelectual e operacional dos profissionais que nele trabalham e que agregaram algum tipo de valor à informação.
Portanto, o paradigma de que tudo que está no site foi colocado por um webmaster começa a ser quebrado. As pessoas que contribuem com conteúdo para um site não precisam necessariamente ser profissionais das áreas técnicas, pelo contrário, um editor de conteúdo deve entender muito mais do negócio para o qual ele está publicando do que ser técnico. Para atender a demanda de criação de novos websites e existindo também demanda de conteúdos cada vez melhores, mais refinados, vieram as ferramentas para gestão de conteúdo.
Requisitos fundamentais
As ferramentas de gestão de conteúdo permitem que o profissional que contribui com conteúdo entenda muito pouco de tecnologia e consiga contribuir da mesma maneira que tivesse grandes conhecimentos. Dentre os requisitos fundamentais para uma ferramenta de gestão de conteúdo podemos citar os seguintes:
• Necessidade de controle do fluxo de produção de conteúdo e publicação de sites de forma flexível, de acordo com as regras de publicação das empresas.
• Descentralização da administração do site da área técnica – pessoal de tecnologia especializado em linguagens de programação, webdesign e HTML – e possibilidade de administração por parte dos próprios produtores de conteúdo.
• Criação de diferentes modelos visuais para diferentes seções dos sites (templates sensíveis a contexto).
• Reutilização dos códigos de programação de forma rápida para disponibilizar funcionalidades já existentes em novos sites.
• Segregação de direito de acesso e autoria dos conteúdos.
• Garantia de tempo de resposta e escalabilidade para sites acessados por milhares de pessoas simultaneamente.
• Controle de diferentes versões de sites.
• Integração de websites com os mais diversos tipos de sistemas transacionais (de e-commerce, e-procurement, CRM, ERP etc.).
• Personalização dos conteúdos, permitindo que o usuário escolha que informações e sistemas precisa visualizar.
• Possibilidade de classificação das informações para permitir o agrupamento de conteúdos semelhantes.
• Acesso a fontes externas de informações localizadas em bancos de dados relacionais.
A principal preocupação das ferramentas de Gestão de Conteúdo é separar “Forma” de “Conteúdo”. Entendemos “Forma” como a soma de estética, estrutura e navegação, e “Conteúdo” como a informação com valor agregado.
Por meio de um sistema de gestão de conteúdo, as informações internas e externas passam pela camada organizacional de forma uniforme e sistêmica, são funcionalidades como fluxo de trabalho, escalabilidade, distribuição de produção do conteúdo, arquivamento, restrição de acesso, que permitem a publicação de conteúdo como funcionam as publicações de jornais impressos.
Tudo com suporte de workflow das próprias ferramentas e mecanismos de indexação e busca de informação.
Ferramentas
Para não ficarmos somente nos conceitos, vamos relacionar algumas ferramentas e bibliografia para construção de sites e web design:
• O Firebug é um plug-in para o Firefox que permite editar e fazer debug de CSS, HTML ou Javascript em qualquer página da web.
• O Internet Explorer é o browser mais usado no mundo com mais de 50% de utilizadores repartidos por 3 versões do IE. O problema é que não é fácil ter várias versões deste browser instaladas num mesmo computador para fazer testes quando se desenvolve um site. Por isso usem e abusem deste bendito pacote que permite instalar e correr várias versões do IE.
• Lista de plug-ins para o Firefox essenciais para web designers. Em particular destacamos o Web Developer.
• Google gadgets: milhares de funcionalidades que poderá incluir no seu site de forma fácil, rápida e gratuita.
• Show anchors Firefox add-on. Por vezes queremos por um link para uma parte do texto de uma página que estamos a ver e somos obrigados a analisar o código-fonte para tentar encontrar uma âncora próxima. Com este add-on do Firefox basta fazer clique no botão direito do rato, escolher “Show anchors”, clique no botão esquerdo em cima da âncora desejada e colar o link onde quisermos.
• W3Schools PHP Tutorial. Contem um índice de acesso rápido para começar a usar esta linguagem ou tirar dúvidas rapidamente.
• Validador de CSS da W3C. É o validador feito por quem definiu o formato, haverá melhor?
• CSS Basics – Making Cascading Style Sheets Easy to Understand. Está organizado de forma a simplificar a pesquisa de informação acerca de CSS.
• W3Schools CSS Tutorial. Mais uma excelente documentação com a chancela W3Schools.
• Miro. Um software livre para leitura de vídeos e TV pela Internet. Um bom link para colocar nas suas páginas em que disponibilize vídeos.
• Mozy. Serviço simples que disponibiliza gratuitamente 2 GB de espaço num servidor remoto para fazer cópias de segurança automaticamente.
• Conversor de formatos on-line e gratuito, converte ficheiros em diversos formatos de compressão, texto, imagem, vídeo e som.
• O Inkscape é um editor gráfico vetorial de código-aberto que compete em funcionalidade com ferramentas comerciais como o Adobe Illustrator, Freehand ou Coreldraw.
• O NVU é uma ferramenta de edição gráfica de páginas web gratuita. Um substituto do Dreamweaver e Frontpage que funciona em Windows, Mac e Linux.
• Os mapas de sítios web são normalmente usados para orientar os seus utilizadores. No entanto, também servem para os autores verificarem a organização do seu sítio web e detectarem ligações quebradas. O sitemapspal permite gerar automaticamente os Google sitemaps em XML. Para gerar um mapa em HTML poderá usar esta ferramenta.
• Uma equipe da Universidade do Minho elaborou um documento intitulado Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da Administração Direta e Indireta do Estado, no qual apresenta vários conselhos para a construção de sítios web em geral.
• Como desenhar páginas para a Web 2.0? Mais do que um chavão comercial, a Web 2.0 é um conjunto de conceitos e práticas que ganharam popularidade. Há quem confunda o design da Web 2.0 com páginas exclusivamente escrita em JavaScript. Vemos que as regras de design da Web 2.0 não são mais do que as boas regras de web design que se deveriam ter seguido desde o início da web.
• Também é possível aprender com os maus exemplos dos outros. O sítio Web Pages That Suck, é uma verdadeira enciclopédia do que não fazer em web design. O autor apresenta com humor uma lista de verificações para identificar se o seu sítio web “não presta”.
• É difícil fazer um sítio web que funcione em todas as versões de todos os browsers. A W3Schools apresenta estatísticas atuais dos browsers mais populares.
Não deixe de verificar como é que o seu site seria visto através de um dispositivo móvel. O Opera Mini Simulator permite fazê-lo através no seu computador. A aparência do seu site poderá variar consoante os dispositivos.
Autor
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PhD em Administração de Empresas pela Flórida Christian University (EUA) PhD em Psicologia Clínica pela Flórida Christian University (EUA) Psicanalista e Diretora de Assessoria Geral da Sociedade de Psicanálise Transcendental. Mestre em Administração de Empresas pela USP. Especialista em Estratégias de Marketing em Turismo e Hotelaria pela USP, MBA em Gestão de Pessoas, MBA em Metodologia e Didática do Ensino Superior e Especialista em Informática Gerencial.
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