Os Pontos Fracos das Organizações
De acordo com Roberto Shinyashiki, os pontos fracos são:
1. Liderança despreparada: Qualquer transformação significativa na empresa começa com a consciência da liderança.
A visão do líder incentiva a equipe a trabalhar pelo sonho a ser realizado. Quando os líderes não têm consciência do desafio, a empresa transforma-se em um navio sem rumo. Liderança Despreparada cria conflitos desnecessários, estimula jogos de poder e, principalmente, desmotiva a equipe. Mas a maior falha de uma liderança está em não saber lidar com pessoas, pois a empresa campeã é formada por seres humanos campeões.
2. Separação entre liderança e colaboradores: Quando chefes e trabalhadores não se integram, pequenos problemas transformam-se em grandes ameaças. Destruir a fé na liderança é destruir o próprio valor do trabalho dos colaboradores, porque eles passam a trabalhar somente por dinheiro. Desta forma, o guerreiro transforma-se em mercenário e perde a paixão por sua empresa. Funcionários desmotivados são como clientes mal-atendidos.
3. Falta de ousadia: A falta de ousadia é fatal à própria vida das pessoas, porque as impede de sonhar. O verdadeiro líder sabe que é preciso abandonar velhas fórmulas do passado para construir a empresa dos seus sonhos. Eis o salto mais difícil: aquele que precisa vencer a distância entre a cabeça e o coração. Assim, existem momentos na vida de qualquer empresa em que o salto se torna inevitável.
4. Expectativas de soluções mágicas: O campeão sabe que o sucesso da empresa depende do crescimento e da motivação de sua equipe. Eles têm uma enorme capacidade para enfrentar os problemas e sentem prazer em resolvê-los. Não importa que o seu problema seja algo belíssimo; se for um problema, deve ser eliminado.
O campeão resolve. Sonha alto e trabalha duro. Envolve-se com todos os projetos. Sabe que para tudo que deseja deve fazer a sua parte.
5. Administração amadora: Uma empresa-campeã não é construída somente com sonhos, mas também por meio de indicadores, análises de custos, planejamento estratégico e pesquisa, para que as decisões não sejam tomadas com base em “achismos” e intuições. O melhor motivador é o resultado positivo e isso só é conseguido por pessoas competentes. É chegada a hora dos profissionais! Gente que tem grandes sonhos acompanhados por uma forte noção de negócios…
6. Distanciamento do mercado: Não adianta você ter a ilusão de que é o melhor, você tem de ser o melhor! A mentalidade competitiva tornou-se, antes de qualquer coisa, um fator de sobrevivência, porque o seu cliente está procurando sempre o melhor. Queremos empresas e profissionais competentes que ofereçam sempre algo melhor, por um custo menor e de maneira ética, sem que precise destruir o outro para conquistar a liderança em determinado mercado. A saída está em ser competente, ter um planejamento rigoroso, com o estabelecimento prévio de metas e objetivos. A disputa pela liderança em um mercado cada vez mais segmentado tornou-se fortíssima e somente conhecendo as necessidades dos clientes é que uma empresa pode manter ou conquistar uma posição de destaque.
7. Metas e planos não se realizam: Cada vez que uma meta é estabelecida, uma nova fonte de energia é mobilizada, a esperança de mudanças é estimulada, o medo do novo é criado, muita tensão, expectativas, sonhos acalentados. Ter uma meta é um passo importante, mas saber estabelecer as metas certas para alcançá-las é o que caracteriza uma empresa-campeã. As pessoas que valem a pena são as que realizam.
Então, o que as organizações devem fazer?
1. É proibido inibir: a necessidade que as empresas têm, hoje, de reunir talentos com visão sistêmica e capacidade de solucionar problemas criativamente. Ter a confiança de que sempre existe mais de uma resposta certa e a disposição em procurá-las já é um bom começo. Mas, uma pergunta ainda preocupa muitos executivos: como estimular uma equipe a inovar, pensar além das formas tradicionais? Em que exatamente é preciso inovar? Como saber o momento adequado para inovar mais uma vez? Como mensurar o valor de uma inovação?
A primeira constatação é que inovação não acontece no vácuo. Ela precisa de um ambiente favorável. As pessoas satisfeitas estão muito mais propícias a pensar e oferecer alternativas inovadoras do que as que enfrentam o dia-a-dia em um ambiente contaminado pela insegurança e desacreditado de futuro. Isso é permitido apenas quando estamos em um ambiente organizacional também criativo e inovador ou, pelo menos, num ambiente mais democrático, que estimule as iniciativas e a geração de idéias, que sinalize que elas são bem-vindas.
Onde há muitas restrições, normas, hierarquia rígida, políticas, regulamentos, também se limita o fluxo de idéias, instalando-se uma barreira à criatividade. Nesse cenário, as pessoas não se sentem à vontade ou seguras em trazer novas idéias. Nesses ambientes, o chefe tem sempre a razão, o fluxo de idéias é somente de cima para baixo. Então, não há inovação. Mas, será que somente o clima organizacional aberto será suficiente para que as equipes sejam criativas e inovadoras? É preciso resgatar e desenvolver o potencial criativo das pessoas que, muitas vezes, está empoeirado por falta de uso.
Então, devemos fazer o seguinte:
• Permita-se pensar criativamente.
• Tome iniciativas inovadoras.
• Pense fora dos padrões consagrados.
• Não tenha receio de expressar suas idéias.
• Sinta-se à vontade com suas idéias diferentes.
• Conviva com pessoas criativas.
• Leia sobre pessoas que tiveram grandes idéias e sobre soluções criativas.
• Leia livros e artigos sobre técnicas criativas e coloque-as em prática.
• Na verdade, leia um pouco de tudo. A leitura abre caminhos no pensar, leva você a qualquer ponto do universo.
• Assista a palestras, workshops e cursos sobre criatividade.
• Quando precisar de idéias, esteja aberto para uma infinita quantidade de soluções possíveis.
• Conscientize-se de que uma idéia reprovada pode levá-lo a uma nova idéia ou possibilidade.
• Identifique e reconheça suas próprias habilidades e competências. Avalie em que pode melhorar, aperfeiçoar-se.
• Fique atento ao desdobramento de idéias que surge no decorrer do processo criativo. Uma idéia puxa outra.
• Não desanime se tiver de desconsiderar uma idéia que lhe parecia muito boa. Guarde-a para o outro projeto ou para outro momento.
• Anote todos os pensamentos e idéias assim que surgirem na sua mente. Releia semanalmente suas anotações e verifique se há algo que possa ser aplicado.
• Permita-se relaxar.
• Exerça atividades ou interesses em assuntos diferentes dos da sua esfera de trabalho. As pessoas criativas mantêm interesses em diversas áreas.
• Não seja um workaholic. Intercale períodos de trabalho intenso com paradas para reflexão e digestão dos acontecimentos.
• Ouça a sua intuição.
• Discipline a mente para criar muitas alternativas de solução dos problemas.
• Aproveite cada oportunidade que surgir para fazer uso da criatividade.
• Busque incessantemente informações sobre sua área. Atualize-se.
• Invista tempo em você.
• Administre seu estresse.
• Pratique meditação.
• Pratique exercícios ou atividades relaxantes como yoga ou artesanato, por exemplo.
• Evite envolver-se profundamente em rotinas.
• Permita que suas percepções sejam mais determinantes do que suas experiências.
• Aceite que seu trabalho criativo é importantíssimo, mesmo que os outros não o valorizem.
• Veja os problemas sob novos ângulos.
• Seja receptivo às idéias dos outros.
2. É fundamental inovar em outras frentes, como nos sistemas de controles, administração, logística, treinamento de vendedores, vitrines, entregas, finanças, ferramentas de motivação das equipes, respeito à diversidade e outros pontos pertinentes a cada negócio ou mercado.
3. Clima organizacional saudável, investimentos em renovação tecnológica e treinamento de profissionais, implantação de uma cultura criativa em toda a organização são os pontos de apoio de uma empresa que busca esse caminho.
4. Comunique os objetivos estratégicos para sua equipe, mas compartilhe também o exercício da busca, respeitando opiniões e avaliando, sem preconceito ou arrogância, as idéias que possam surgir. Motive as pessoas a pensarem diferentemente do que sempre o fizeram.
O espírito criativo incorpora-se em qualquer pessoa que se disponha a ousar, explorar novas possibilidades, melhorar as coisas. Adotar os comportamentos, atitudes e práticas que caracterizam a pessoa criativa ajudarão a desenvolver o potencial de pensar diferente até que tudo isso se torne parte da sua natureza e principalmente da natureza da empresa que você gere.
Autor
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PhD em Administração de Empresas pela Flórida Christian University (EUA) PhD em Psicologia Clínica pela Flórida Christian University (EUA) Psicanalista e Diretora de Assessoria Geral da Sociedade de Psicanálise Transcendental. Mestre em Administração de Empresas pela USP. Especialista em Estratégias de Marketing em Turismo e Hotelaria pela USP, MBA em Gestão de Pessoas, MBA em Metodologia e Didática do Ensino Superior e Especialista em Informática Gerencial.
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