Práticas de Gestão do Conhecimento
Os Critérios de Excelência não prescrevem recomendações de práticas. Entretanto, vamos exemplificar algumas práticas de Gestão do Conhecimento mais difundidas nas empresas, relacionando-as aos Critérios de Excelência, com o objetivo de facilitar a compreensão de sua associação.
Práticas associadas ao critério Liderança
• Reuniões periódicas entre líderes e equipes de vários níveis hierárquicos;
• Visitas informais dos líderes a todas as áreas da organização;
• Programas para identificar e desenvolver profissionais com potencial para liderar.
Práticas associadas ao critério Planejamento Estratégico
• Repositórios de conhecimento estratégico com relação a concorrentes, clientes, fornecedores e macro-ambiente nacional e internacional;
• Divulgação do Plano Estratégico a todos os níveis hierárquicos da organização.
Práticas associadas ao critério Foco no Cliente e no Mercado
• Programas de gestão do relacionamento com cliente;
• Repositório de conhecimento com relação aos clientes e mercados;
• Reuniões periódicas do pessoal de vendas;
• Uso de ferramentas de análise de tendências e preferências para extrair conhecimento sobre os clientes e mercados;
• Uso da Internet para capturar preferências dos consumidores;
• Participação em eventos correlatos ao segmento de negócio.
Práticas associadas ao critério Informação e Análise
• Gestão dos repositórios de conhecimento;
• Portais de Conhecimento Empresariais na Intranet da organização;
• Valoração dos ativos de conhecimento da empresa;
• Células de Inteligência Competitiva;
• Mapas do conhecimento empresarial;
• Adoção de tecnologia de comunicação tais como correio eletrônico e grupos de discussão;
• Adoção de tecnologia de comunicação em tempo real tais como chats;
• Adoção de tecnologia de colaboração tais como vídeo-conferência e ambientes de workflow;
• Adoção de tecnologia de pesquisa em dados (data mining) e máquinas de busca (search engines);
• Integração de bases de conhecimento já existentes quando de novos projetos;
• Estabelecimento de matrizes de responsabilidade pela captura e validação de informações externas;
• Monitoramento de tecnologia e práticas associadas a novos modelos de gestão.
Práticas associadas ao critério Gestão das Pessoas
• Sistema de Gestão de Desempenho Pessoal que avaliem a participação do profissional no compartilhamento de conhecimento;
• Sistemas para valorizar e premiar os empregados que compartilham conhecimento;
• Redes de especialistas;
• Páginas Amarelas;
• Programas para definição, desenvolvimento e manutenção de competências essenciais;
• Programas para identificação e desenvolvimento de habilidades;
• Promoção de eventos, fóruns e visitas para compartilhamento de experiências e conhecimentos;
• Desenvolvimento de trainees sob a orientação formal de um especialista pré-definido;
• Universidade Corporativa;
• Programas de treinamento à distância;
• Grupos multifuncionais.
Práticas associadas ao critério Gestão de Processos
• Sistema de Padronização;
• Repositórios de conhecimento com lições aprendidas;
• Programa de identificação e divulgação de melhores práticas;
• Comunidades de Práticas para melhoria de produtos e processos;
• Comunidades para solução de problemas;
• Comunidades Virtuais;
• Benchmarking.
Práticas associadas ao critério Resultados da Organização
• Gestão de indicadores associados ao Capital Humano;
• Gestão de indicadores associados ao Capital Relacional;
• Gestão de indicadores associados ao Capital Estrutural;
• Gestão da evolução do valor do Capital Intelectual da empresa;
• Relatório anual com análise de como o Capital Intelectual contribuiu para o desempenho da organização.
A grande maioria das práticas aqui apresentadas já são realidade nas organizações que buscam a excelência empresarial. Poder-se-ia então questionar: o que a Gestão do Conhecimento trouxe de novo? Mais uma vez verifica-se que as práticas relacionadas ao que inicia a configurar-se como novo modelo de gestão surgem como natural melhoria ao que já vinha sendo levado a efeito. Essa evolução diz respeito à observância da importância do conhecimento tácito, à necessidade da sistematização da gestão de todo e qualquer conhecimento útil para a organização, assim como à valoração desse conhecimento. Ou seja, as práticas da Gestão do Conhecimento acompanham a melhoria da própria gestão empresarial.
Autor
-
PhD em Administração de Empresas pela Flórida Christian University (EUA) PhD em Psicologia Clínica pela Flórida Christian University (EUA) Psicanalista e Diretora de Assessoria Geral da Sociedade de Psicanálise Transcendental. Mestre em Administração de Empresas pela USP. Especialista em Estratégias de Marketing em Turismo e Hotelaria pela USP, MBA em Gestão de Pessoas, MBA em Metodologia e Didática do Ensino Superior e Especialista em Informática Gerencial.
Todos os posts