A importância da gestão de custos Interganizacionais para empresas
Uma empresa para se manter no mercado nos dias atuais tem que prestar atenção a um ponto fundamental, seus custos porque os clientes estão cada vez mais exigentes e as tecnologias para elaboração de produtos e serviços estão cada vez mais difusas para que a empresa ganhe vantagem competitiva e se mantenha é preciso desenvolver um sistema de gestão de custos que garanta esse diferencial.
Gestão de Custos Interganizacionais (GCI) é um processo cooperativo de gerenciamento de custos que inclui outras organizações dentro de uma cadeia de valor alem da própria empresa, sendo que a cadeia de valor de qualquer empresa é o conjunto de atividades que criam valor, desde as fontes de matérias-primas básicas, passando por fornecedores de componentes até o produto final entregue nas mãos do consumidor.
É, portanto, um enfoque externo à empresa vendo cada empresa no contexto da cadeia global de atividades geradoras de valor esses irá causar impactos a todos aqueles integrantes desta cadeia por isso é que se pode dizer que Gestão de Custos Interganizacionais (GCI) são ações coordenadas entre clientes e fornecedores para otimizar resultados.
Vantagem Competitiva é um diferencial, por causa disso é que se precisa desenvolver um instrumento de gestão que possibilite olhar para fora da empresa ainda mais que nos tempos atuais a competição é entre cadeias de valores, ninguém consegue mais vender pelo preço que quer é importante que a empresa gerencie seus custos.
Alguns fatores devem ser levados em consideração para se implantar a (GCI), esses são em números de cinco e recebem o nome de fatores condicionantes: produto, componentes, níveis de relacionamento, tipos de cadeia e mecanismos de governança. Cada um desses fatores condicionantes será comentado a seguir.
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Produto: os produtos devem ser analisados quanto a sua margem quanto mais um produto tiver uma margem de lucro ou contribuição baixa mais teremos que gerenciá-lo porque se conseguirmos expandir os benefícios por toda a cadeia de valor irá ter a sua margem melhorada quanto a sua funcionalidade e atributos conseguiremos um resultado melhor, pois quanto mais valor agregado de um produto mais a necessidade de sua gestão.
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Componentes: A GCI não se aplica, necessariamente, a todos os fornecedores de todos os componentes do produto; objetivo é identificar quais são os componentes recomendáveis à aplicação da GCI. Duas variáveis devem ser analisadas: nível de restrição tecnológica que determina se ela é estratégica e do componente e seu índice de valor que pode ser relacionado com seu custo beneficio.
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Níveis de relacionamento: A fase seguinte é a análise dos relacionamentos de parceria e as classificações dos fornecedores são: comum (menor inter-relação), auxiliar (quando a empresa tem a certeza de que o parceiro tem capacidade de satisfazer às transações requeridas), principal (a parceria é formalizada por contratos de longo prazo) e familiar (trabalha como se fosse parte do quadro da empresa). Quanto mais intenso o nível de relacionamento, mais propícia é a aplicação da GCI;
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Tipos de Cadeia: existem três tipos de classificação: tirania (só uma empresa domina), oligarquia (duas ou mais companhias dominam a cadeia) e democracia (onde não há uma organização que comande; as firmas devem formar alianças);
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Mecanismos de governança: Trata-se de artefatos, aparelhos, instrumentos etc. que auxiliam a gestão de custos entre empresas com o objetivo de orientar, controlar, medir, informar, dar parâmetros, ser guia para as organizações, viabilizando a GCI.
A empresa deve compreender que a ineficiência pode estar no fornecedor, são custos importados, um bom exemplo disso é o laboratório que entrega medicamentos em hospital, ele entrega na mesma embalagem em que é comercializado em farmácias e tendo como conseqüência o fato que o hospital terá que manter funcionários para separar os remédios e assim repassar os custos para o consumidor e se ele não aceitar pagar esse custo o hospital perdera mercado,o interessante é fazer a gestão de custos na cadeia para baratear o custo.
Hoje a competição é também entre cadeias de valores ou suprimento, o celular pode competir com uma roupa ou até mesmo uma lanchonete. O importante é agir em conjunto para baratear o custo nã não se deve pressionar os fornecedores por menores preços deve-se buscar inspiração no sistema Toyota de produção que é uma gestão mais compartilhada. Não se deve agir como dois burrinhos amarrados onde cada um tem um capim do seu lado e eles não conseguem comer porque um puxa para cada lado.
Para uma gestão correta tudo deve ser acompanhado, áreas podem estar gerando dejetos que podem ser reaproveitados, cada atividade desenvolvida na empresa deve ser registrada pelos sistemas controle, desde o cafezinho, uso de telefone, equipamentos que clientes não usam tudo é importante para a competitividade o custo esta presente em tudo que se faz.
A responsabilidade pela gestão de custos é da Diretoria de Controladoria na maioria das vezes ou um Departamento de Custos porem a gestão de custo é responsabilidade de todos seus princípios devem ser disseminados pela empresa para que se possa garantir a competitividade e lucratividade da empresa.
Pedro Paulo Galindo Morales é Graduado em Gestão de Sistemas Produtivos, possui especialização em Controladoria e trabalha na área de Gestão Orçamentária de uma empresa multinacional de Distribuição de Energia Elétrica.
Blog: www.falandodegestao.wordpress.com
E-Mail: [email protected]
Autor
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Possui graduação em Tecnologia em Gestão de Sistemas Produtivos pela Faculdade de Tecnologia e Aperfeiçoamento Humano-FATENE, Especialização em Controladoria pela Universidade Estadual Vale do Acaraú e Curso Técnico em Contabilidade pelo Colégio Carlos de Carvalho Atualmente trabalha na Área de Gestão e Controle do Orçamento de uma empresa multinacional desde 2001, onde também atua como facilitador de treinamento do sistema SAP/ER3. Publicou como um dos autores o artigo Aplicação do Método da Utilização para Dimensionamento de Frota em uma Concessionária de Energia Elétrica no Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica – SENDI, 2008, Olinda em 2009 apresentou no VII Seminário Regional de Auditoria e Controladoria – Fortaleza, o artigo Orçamento Baseado em Atividade: Uso de um Direcionador de Recursos em Uma Empresa de Energia Elétrica.
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