Considerando as Oportunidades
Risk Doctor Briefing
© Outubro 2007, Dr David Hillson PMP FAPM – [email protected]
Muitas Pessoas agora concordam que os processos de riscos devem incluir oportunidades, que são definidas como “eventos incertos ou condições que, se ocorrerem, terão um efeito positivo no atingimento dos objetivos”. Isso é refletido nos padrões profissionais, guias, livros textos e processo e práticas de muitas organizações importantes. Embora haja uma aceitação dessa teoria, as pessoas continuam tendo problemas na identificação das oportunidades. Um Risk Doctor Briefing anterior abordou esta dificuldade em princípio, sugerindo quatro rotas para encontrar os riscos positivos. Este artigo oferece uma técnica específica que pode ser útil.
Engenheiros e equipes de projetos utilizam desde muito tempo uma técnica conhecida como Fault Tree Analysis (FTA) ou Failure Modes & Effects Analysis (FMEA) para expor formas nas quais soluções técnicas ou projetos podem falhar. Esta abordagem é muito útil para encontrar riscos negativos, ou ameaças. É possível utilizar o mesmo pensamento para descobrir oportunidades? Existe um processo análogo ou técnica que funciona para riscos positivos?
FTA/FMEA começa com um modo de falha ou com uma condição de falha, então retrocede explorando e identificando formas nas quais ela pode surgir. Isso pode ser feito tanto informalmente perguntando como e porque o resultado poderia acontecer, quanto de uma forma estruturada usando técnicas formais.
Será que poderíamos utilizar a mesma abordagem para encontrar oportunidades e a chamaríamos de Benefit Tree Analysis (BTA) ou de Success Modes & Effects Analysis (SMEA)?
O ponto inicial é identificar uma faixa de condições finais positivas, tipo economia de tempo, redução de custo, melhoria de performance, aumento da reputação, etc. Então poderíamos levar em consideração cada um destes e retroceder, perguntando como e porque elas poderiam surgir. Quais as incertezas úteis podem nos conduzir a um bom resultado? Podemos fazer alguma coisa para atingir o objetivo mais rápido, de maneira mais inteligente e com menor custo?
Parece que algumas rotas que conduzem para um resultado positivo podem ser implementadas imediatamente, no caso de descobrirmos uma opção de melhoria definitiva. Isso deve ser orçado, planejado e alocar recursos.
Outras coisas podem ser incertas: “Se isso acontecer ou se nós pudéssemos fazer isso, então isso ajudaria porque…” Estas incertezas úteis são na verdade oportunidades. Elas devem ser consideradas em um processo de risco para serem avaliadas, então respostas apropriadas podem ser desenvolvidas e implementadas, etc.
O conceito de transformar as técnicas de identificação de riscos com foco nas ameaças tipo FTA/FMEA em equivalentes na busca por oportunidades pode, é claro, ser aplicado em qualquer lugar. Devemos adaptar algumas técnicas similares como Root-Cause-Analysis ou diagramas de Ishikawa/fishbone. A chave é tratar as oportunidades da mesma forma que as ameaças: elas são tipos de riscos, exceto aquela que tem um impacto positivo e a outra negativo. Para encontrar oportunidades primeiro precisamos permitir a nós mesmos pensar positivamente, ser criativo, imaginar boas coisas. Então podemos utilizar técnicas estruturadas para identificar estes eventos incertos ou condições que pode acontecer e caso elas ocorram serão úteis.
Existem muitas oportunidades lá fora esperando por serem encontradas. Simples modificações em nossas familiares técnicas baseadas em ameaças nos ajudarão a encontrar estes riscos positivos e ganhar os benefícios adicionais que eles oferecem.
Traduzido por Marconi Fábio Vieira, PMP
Para dar opiniões sobre este artigo, ou para maiores detalhes como desenvolver uma gestão de riscos eficaz, contate Doctor Risk ([email protected]), ou visite o web site do Doctor Risk (www.risk-doctor.com).
Autor
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• Certificado PMP (Project Management Professional) desde 2003. • Certificado MVP (Most Valuable Professional) em Project da Microsoft desde Janeiro 2009. • Autor do livro “Gerenciamento de Projetos de Tecnologia da Informação”, 2ª Ed., outubro de 2006 – Editora Campus/Elsevier – Prefácios de Ricardo Viana Vargas e Danúbio Beker Borba. • Atua como consultor na equipe de planejamento de projetos de grande porte, apoiando as áreas de Engenharia Civil, Tubulação, Instrumentação, Elétrica, Mecânica e Processo, envolvendo Projeto Conceitual, Projeto Básico, FEED, Processo de Licitação e Aquisição, Construção e Montagem, Condicionamento, Pré-operação e Partida de unidades de processo na área petroquímica.
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