Gestão de alto desempenho é assunto para profissionais
Gosto de esporte, entre outras razões, pela lição que nos deixa separando principiantes, amadores e profissionais.
O principiante começa a dar os primeiros passos, motivado, mas sem a paixão do amador. Este, por sua vez, não tem a preparação física, técnica e objetividade do profissional.
Para o profissional, resultado é determinante. Ele avaliará, cobrará e assim será cobrado. O sucesso determina seu valor e de seu time.
Esse conceito profissionaliza a pessoa, a equipe, o mercado.
Extrapolando, ouvimos de vez em quando a frase: Este time se tornou uma empresa!
Interessante, será que podemos aplicar esse raciocínio às nossas organizações? São estas principiantes, amadoras ou profissionais?
Os gestores de nossas empresas são efetivamente avaliados pelos resultados?
Há compromisso efetivo com as metas estabelecidas e conseqüências por atingi-las ou não?
Quem avalia e como os desempenhos são avaliados?
Nossas empresas e gestores são submetidos à algum conselho de administração que possa avaliar com isenção a condução dos negócios e os resultados alcançados?
Gestores que arriscam a carreira, com ações arrojadas, gerando resultados excepcionais, são devidamente recompensados?
Quantas empresas, no mercado brasileiro, podem ser consideradas de alto desempenho?
Podem ser muitas, poucas, para esta conversa não importa, sua empresa é de alto desempenho? Você é um profissional para atuar nesse modelo de gestão?
Empresas de alto desempenho são concorrentes terríveis e competidores temíveis. Quando entram em um segmento é para conquistá-los e obter a liderança.
São criativas e incansáveis. Atraem e retém talentos. Desenvolvimento de habilidades e exploração de oportunidades, com sentido de urgência, integra sua cultura.
O alto desempenho as destaca, assegura visibilidade, gera respeitabilidade e inconfundível reconhecimento.
Seus produtos quando lançados não são contestados, mas festejados. Seus erros inaceitáveis e duramente criticados.
Seus clientes são fãs e motivados defensores. Sua marca uma referência de qualidade, segurança, bom-senso e status.
Integrá-las como colaborador uma aspiração, um desafio e uma referência para o currículum.
A oportunidade atrai candidatos determinados, as exigências afastam os despreparados.
Inovação, atualização, desempenho e sucesso são temas dos debates diários, impedindo a acomodação e o desânimo.
Nas organizações de alto desempenho sente-se uma eletricidade no ar, gerada pela alta movimentação e dinâmica do processo.
Benchmarkings são necessários, estudos de mercado são efetuados, concorrentes são observados, mas as barreiras detectadas e pontos a serem superados são as próprias limitações.
Um profissional sabe que seu maior desafio é a auto-superação e que suas limitações são aqueles que ele se impõe.
Em gestão de alto desempenho limitações podem existir no homem, não na equipe. A superação dessa fragilidade é feita com adição de competência.
Nessas organizações seus gestores sabem que de alto-desempenho é resultado da excelência do homem.
Gestão de alto-desempenho é ou não assunto para profissionais?
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Autor
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Economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas.
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