Liberdade, um produto caro, vendido tão barato
Liberdade, um produto caro, vendido tão barato
Nós brasileiros não festejamos nossa liberdade, lembramos por conta de um feriado.
Liberdade, mais do que uma situação é um estado de espírito, por essa razão alguns homens dão a vida por ela.
Na semana de sete de setembro estive nas cidades de São João Del Rey e Tirandentes, páginas da nossa história.
É impossível andar pelas ruas, contemplar a magia do lugar, sem refletir sobre o que aconteceu naquela região.
Infelizmente a falta de tempo não permitiu que pudéssemos ir à Ouro Preto e à maravilhosa Mariana.
Uma vez em São João é importante uma visita aos túmulos de Tancredo e Risoleta Neves para agradecê-los, homenageá-los e pedir, onde quer que estejam, que nos iluminem para que não vendamos tão barato nossa cara liberdade.
Liberdade não é apenas o direito à vida, mas ao pleno exercício de todos nossos direitos como cidadãos. Homens nascidos livres morrem de tristeza quando desta são tolhidos.
Será que sempre teremos que tornar nossa santa terra uma terra santa com o sangue dos entes queridos para que nos lembremos desses valores?
Por que entregamos tão barato nossa liberdade nas urnas, menos de 30 dias depois de uma data que nos faz lembrar um sonho tornado realidade e não visto por quem mais sonhou?
A derrama continua, a impunidade se faz presente. Hoje não é corda que cala, são as cestas básicas que sufocam, aceitas sem constrangimento. Um pouco de comida na boca inibe a mente que protesta.
As arenas de Roma estão nas nossas periferias e cidades, onde o drogado e abandonado homem, como fera, ataca aqueles que alcança.
E o pão? Ah, esse emudece e engana a consciência.
Leia e assista os jornais, verá o descaso, a falta de respeito, a roubalheira, o desinteresse pelo país e pela nação.
Apesar de tudo isso poucos se importam com a ficha limpa, sabe por quê? Porque votamos com a consciência suja!
Nos primeiros anos de escola aprendemos sobre a inconfidência mineira e nos lembram sempre a traição que levou à forca um sonhador. Devem continuar nos ensinando que homens podem ser mortos, mas não seus sonhos.
Vejo candidatos que estão há décadas na política, sem qualquer contribuição à sociedade, se apresentando como renovação.
Oposição no país não existe, a não ser quando um pleito se aproxima. Oposição custa caro, retira possíveis opositores de suas atribuições e seus ganhos serão reduzidos.
Um país como o nosso, um povo que pouco desenvolvimento tem visto e nenhuma riqueza tem conseguido, não precisa de esperança, de promessas, mas de realidade.
A primeira lição é deixar de viver de compaixão e viver efetivamente nossa paixão por esta abençoada terra e este povo que negligenciamos.
Chega de cestas básicas e enganações que calam, queremos nossos direitos que gritam.
Reduzamos os juros e os impostos e com nossas mãos e mentes criaremos os empregos que levarão prosperidade aos nossos lares e saúde às nossas famílias, sem ter que enfrentar a vergonha ao estender a mão para esmolas.
Não adianta falar em ordem e progresso sem dignidade e liberdade.
Liberdade da mente que a barriga vazia fez prisioneira. Liberdade da mente que a falta de dignidade encarcerou.
Liberdade. Liberdade ainda que tardia.
Votemos com a consciência limpa, votemos pela liberdade!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
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Economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas.
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