Mentes privilegiadas, pessoas determinadas, uma fantástica aliança
Idéias para se tornarem negócios precisam de empreendedores.
Viabilizá-las financeiramente, colocá-las à disposição do público, incentivar seu uso e consumo, dependem mais do conhecimento das necessidades humanas, criando e atendendo expectativas, do que do domínio da tecnologia.
Você tem alguma dúvida sobre isso?
Pense comigo: Qual o papel do zíper e do velcro? Talvez você diga que ambos têm a mesma finalidade.
Vá ao mercado e observe qual deles está mais presente nas roupas e acessórios e por quê?
O avião, a luz elétrica, o néon, o micro-ondas, o televisor e muitas outras invenções poderiam não passar de idéias extravagantes não fosse o tino comercial de algumas pessoas.
É verdade que alguns cientistas também são empreendedores, com isso são capazes de levar ao mercado suas invenções, fazendo destas grandes negócios. Os que não tiverem essa expertise podem se valer de parcerias para propagação do produto, viabilização fabril e também financeira.
No mundo não faltam idéias à procura de apoio, e recursos em busca de boas idéias. Os aspectos mais delicados a serem trabalhados são a falta de disposição para conversar e a desconfiança a ser superada.
Uma boa conversa nunca custa nada. A barreira é criada pelo próprio homem que está sempre esperando resultados imediatos e mostra pouca disposição para divisão dos lucros.
O primeiro passo para quem quer ganhar dinheiro e construir um grande negócio é ter consciência que ninguém faz nada sozinho. Ainda que sócios possam ser evitados, parceiros são necessários para fornecimento de peças, materiais, produtos e mesmo recursos.
Contratos existem exatamente para estabelecer propósitos, divisão de trabalho, responsabilidades e ganhos.
Boas parcerias demandam raros manuseios de contratos. Estes existem como resultado das relações e formalização dos acordos e não o contrário. As intenções nascem e se consolidam antes.
Contrato que sai da gaveta costuma atender situações conflituosas e muitas vezes o faz para produzir uma solda na aliança que se rompeu.
Idéias não significam apenas produtos, materiais físicos, muitas estão ligadas a sistemas e formas de trabalho.
Observe o que aconteceu com o Japão. Foram os modelos de gestão que permitiram obter a excelência nos produtos ou esta é que o conduziu a adotar determinados modelos? Certamente os modelos antecederam os produtos como filosofia empresarial, e com mais recursos, posteriormente, puderam ser incentivados.
A linha do tempo que permite essa visualização é tênue, muitas pessoas terão dificuldades em aceitar essa separação, mas não é difícil ratificar essa afirmação.
Modelos de gestão são passageiros quando não tem como base uma cultura. Na falta desta se tornam modismos. Não foi o que ocorreu no Japão. A cultura da excelência estava em busca de idéias e as abrigou quando encontrou.
Analise sua empresa. Há mentes privilegiadas e pessoas determinadas?
Há incentivo para formação de alianças e parcerias?
E os ganhos, como são divididos?
Sua empresa está descobrindo, contratando talentos e conseguindo retê-los?
Para muitos gestores isso não passa de mais um discurso. Não importa, quando estiverem realmente empenhados em construir o futuro terão que encarar essa verdade.
O sucesso sempre deixa claro que mentes privilegiadas e pessoas determinadas formam uma fantástica aliança.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Autor
-
Economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas.
Todos os posts