Quando o conhecimento nos aproxima dos ideais que nos afastam
Conhecimento permite a clareza do pensamento, entendimento de questões complexas e a certeza que podemos realizar muito mais do que pensamos.
Isso gera uma incrível força interior que nos empurra para conquistas tecnológicas e desenvolvimento de meios para superação de barreiras.
Conhecimento disseminado em uma sociedade a torna forte, capaz de criar meios de sustento e saúde, que proporciona excelência em qualidade de vida aos integrantes. Como seres sociais, somos colaborativos.
Será? Será que temos argumentos para defender o homem nesse objetivo tão nobre?
Um relatório da Cruz Vermelha mostra que em 5.600 anos de história foram registradas 14.520 guerras e menos de 300 anos de paz.
Em 2001 havia registro de 30 conflitos armados em 25 países.
O que fazemos com o conhecimento?
Qual a finalidade da bomba atômica?
Por que assistimos ao vivo e não repudiamos as transmissões dos conflitos armados, desligando os televisores?
Por que as armas estão cada vez mais letais e espalhadas pelo mundo?
Conflitos armados, conflitos comerciais, todos demandam conhecimento para condução e o conhecimento também os gera.
Apanhemos um exemplo simples: dois irmãos, em um canto deste país, não se falam. Pior do que isso, eles se odeiam.
Concorrentes, quanto mais aprendem sobre o mercado, mais disputam cada pedaço. Quanto mais disputam, mais próximo se encontram comercialmente e mais distante estão na irmandade.
Seus ideais? Conquistar o mercado e se manter no lugar mais alto do pódium. Não importa o que tenham que fazer!
Aceitam fornecedores concorrentes? Não, amigos ou inimigos. Lema: “Está comigo ou não está!”.
Para que o conhecimento? Para superar todas as barreiras que os impeçam de alcançar seu intento, logicamente!
Ampliando a visão podemos nos questionar se é para isso que nos servimos do conhecimento? Para jogar aviões em torres, invadir países e subjugar povos, intimidando e oprimindo o homem?
Muitos jovens não sabem realmente o que foi a guerra fria. Aqueles que já leram sobre o assunto, assistiram documentários sobre a Invasão da Baía dos Porcos, não serão capazes de imaginar o período de terror que viveu o mundo, quando na década de sessenta as duas superpotências diziam estar prontas para acionar os botões da guerra nuclear.
Guerra Fria foi o título dado ao período de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o final da Segunda Guerra Mundial, 1945, e a extinção da União Soviética, 1991 .
Um conflito de ordem política, militar , tecnológica , econômica , social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência. Repleta de conhecimentos que aproximavam os homens de seus ideais e com isso os afastavam.
O arsenal atômico foi desarmado, mas não os espíritos. Estes, infelizmente, são agitados por novos conhecimentos que promovem mais agitações nas fronteiras.
A falta do conhecimento não sustenta o homem pobre, e o uso inadequado prejudica o pobre homem. Sedento por conquistas, ávido por materialização de seus ideais, é capaz de realizar uma grande proeza: vivo, infeliz, morto, desprezado!
A sabedoria está em somar as diferenças para multiplicar os resultados positivos, e não em “tirá-las”, divindo os homens!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
www.postigoconsultoria.com.br
Autor
-
Economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas.
Todos os posts