Usando Metalinguagem do Risco para Identificar Riscos
Risk Doctor Briefing
© Junho 2008, Dr David Hillson PMP HonFAPM – [email protected]
Descrições de risco sem ambigüidades são claramente essenciais se desejamos gerenciar riscos eficazmente. Uma ferramenta útil para descrever o risco é a metalinguagem do risco, que separa o risco de suas causas e efeitos utilizando uma sentença de três partes. O formato da metalinguagem do risco pode ser escrito assim:
“Devido a , pode ocorrer, que poderia levar a .” Essa construção de sentença ajuda a garantir que nos concentremos no risco real, mas ela pode ser usada como gramática generativa, para nos ajudar a identificar riscos.
Causas são fatos definidos do presente ou condições que existem agora, ou que existirão com certeza no futuro. Enquanto elas não são riscos propriamente ditos, porque elas não são incertas, muitas delas podem ser promovidas a riscos. Podemos começar listando fatos relevantes sobre nosso projeto ou situação a ser avaliada, ou uma Estrutura Analítica de Riscos (Risk Breakdown Structure – RBS) pode ser usada para nos alertar na consideração de todas as causas possíveis do risco, incluindo técnico, gerenciamento, comercial e fontes externas. Podemos mover da causa para o risco simplesmente perguntando “E daí?” ou “Por que estamos preocupados com este fato?” Os primeiros dois elementos da metalinguagem do risco pode nos ajudar aqui:
“Como um resultado deste fato, quais riscos incertos podem surgir?” Por exemplo, devido à falta de expertise da nossa organização será exigida a implementação de um novo projeto. A metalinguagem do risco nos conduz um passo à frente deste fato e diz “Por nos faltar relevante expertise (causa), nós não compreendemos os requisitos (risco) ou nós podemos cometer erros nas estimativas (risco), ou podemos introduzir erros de design (risco), ou…”
Podemos também usar efeitos potenciais para identificar riscos, movendo um passo atrás através da metalinguagem do risco. Efeitos são as conseqüências de contingências que impactariam um ou mais objetivos se um risco ocorrer. Devemos utilizar uma Estrutura Analítica de Impacto de Risco (Risk Impact Breakdown Structure – RIBS) para garantir que consideraremos todos os tipos de impactos, incluindo tempo, custo, qualidade, performance, segurança, meio ambiente etc. Efeitos negativos nos ajudam a encontrar as ameaças, e os efeitos positivos nos ajudam a descobrir as oportunidades. Fazemos isso simplesmente perguntando “Como ou Por que este efeito poderia ocorrer?” Isso corresponde as duas últimas partes da metalinguagem do risco:
“Quais eventos incertos podem acontecer que produziriam este efeito?” Por exemplo ameaças podem ser encontradas explorando quais incertezas poderiam resultar num aumento de custo se elas acontecerem (por exemplo um fornecedor chave pode aumentar os preços” ou “Podemos falhar no atingimento dos ganhos esperados de produtividade”.)
Podemos identificar oportunidades pensando o que poderia acontecer se economizássemos dinheiro (por exemplo “Abaixar os preços de propriedades poderia reduzir nosso aluguel do escritório” ou “recém-formados podem introduzir técnicas modernas mais eficientes”.)
A metalinguagem do risco não é apenas uma ferramenta útil para melhorar a transparência das descrições dos riscos. Ela pode também ser usada para identificar riscos, bem como dar um passo à frente das causas para o risco (perguntando “E daí?”), ou também dar um passo atrás da causas para o risco (perguntando “Como isso poderia surgir?”). Este simples framework de três partes oferece uma grande forma de encontrar aquelas incertezas que importam, e garantir que os processos de risco permaneçam focados nos riscos reais.
Traduzido por Marconi Fábio Vieira, PMP
Para dar opiniões sobre este artigo, ou para maiores detalhes como desenvolver uma gestão de riscos eficaz, contate Doctor Risk ([email protected]), ou visite o web site do Doctor Risk (www.risk-doctor.com).
Autor
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• Certificado PMP (Project Management Professional) desde 2003. • Certificado MVP (Most Valuable Professional) em Project da Microsoft desde Janeiro 2009. • Autor do livro “Gerenciamento de Projetos de Tecnologia da Informação”, 2ª Ed., outubro de 2006 – Editora Campus/Elsevier – Prefácios de Ricardo Viana Vargas e Danúbio Beker Borba. • Atua como consultor na equipe de planejamento de projetos de grande porte, apoiando as áreas de Engenharia Civil, Tubulação, Instrumentação, Elétrica, Mecânica e Processo, envolvendo Projeto Conceitual, Projeto Básico, FEED, Processo de Licitação e Aquisição, Construção e Montagem, Condicionamento, Pré-operação e Partida de unidades de processo na área petroquímica.
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