Utilizando Metalinguagem para Desenvolver Respostas
Risk Doctor Briefing
© Maio 2006, Dr David Hillson PMP FAPM – [email protected]
Para entendermos completamente um risco é importante identificarmos suas causas e também seus efeitos. A metalinguagem do risco pode ajudar separando causa-risco-efeito em uma descrição de três partes, tais como “Por causa de , o pode ocorrer, conduzindo a .”
Esta descrição estruturada não somente garante uma definição clara do risco, como também pode ser útil no desenvolvimento de respostas.
Existem quatro tipos básicos de respostas aos riscos:
1. Respostas agressivas, servido tanto para evitar uma ameaça tornando-a impossível, como para explorar uma oportunidade fazendo-a acontecer definitivamente.
2. Envolvendo uma terceira pessoa para gerenciar o risco, tanto para transferir uma ameaça, como para compartilhar a oportunidade.
3. Mudando o tamanho de um risco, atrelando a probabilidade e/ou o impacto para reduzir a ameaça e aumentar a oportunidade.
4. Correr riscos residuais que não podem ser gerenciados proativamente ou que não podem ter os custos gerenciados de forma eficaz, aceitando uma ameaça ou uma oportunidade.
Cada uma dessas estratégias podem ser “linkadas” com a estrutura causa-risco-efeito. Para as ameaças (ex: riscos com impactos negativos) considera-se o seguinte:
• Para evitar remova ou mude a causa, ou quebre o link causa-risco-efeito de tal maneira que a ameaça não seja mais possível. Por exemplo, riscos que aumentam devido à falta de experiência podem ser evitados através da terceirização ou de parceria. A taxa de câmbio do risco pode ser removida utilizando somente a moeda local.
• A transferência atrela o próprio risco, envolvendo outros no seu gerenciamento, embora isso não mude o risco diretamente. Fazer um seguro é um exemplo clássico de transferência de ameaça, embora cláusulas contratuais também possam ser usadas.
• A mitigação objetiva enfraquecer o link causa-risco, ou minimiza o impacto negativo endereçando o link risco-efeito. Por exemplo, sabendo que o uso de um fornecedor novo cria o risco de requisitos mal compreendidos, workshops de familiarização podem ser promovidos para evitar tais situações.
• A aceitação foca no efeito, reconhecendo que algumas ameaças não são controladas e podem acontecer. Essa estratégia pode simplesmente envolver lançar mão dos fundos de contingência para se recuperar dos impactos negativos, ou poderia envolver o desenvolvimento de um plano de reserva específico para ser implementado se nós não tivermos sorte e a ameaça acontecer.
O mesmo pensamento se aplica para as oportunidades (ex: riscos com impactos positivos):
• Explorar a oportunidade influenciando sua causa de tal forma que a oportunidade seja realizada. Por exemplo, uma decisão positiva pode ser tomada para incluir um item opcional no escopo do projeto para criar um benefício adicional.
• Compartilhar uma oportunidade endereça a parte do risco do elo causa-risco-efeito, envolvendo outras pessoas no gerenciamento da oportunidade, talvez através de uma parceria de risco-compartilhado ou contrato com incentivo.
• Aumentar requer reforçar o link causa-risco para melhorar a probabilidade de uma oportunidade acorrer, ou reforçar o link risco-efeito para maximizar seu impacto positivo. Se participar de um evento comercial cria oportunidades para novos negócios, a ação pode ser tomada para maximizar a visibilidade e atrair contratos.
• Aceitando que uma oportunidade não pode ser influenciada proativamente significa que a atenção está focada no seu efeito. Fundos de contingência podem ser alocados para tirar vantagem dos impactos positivos ou plano de reserva poderia ser desenvolvido para uso se nós tivermos sorte e a oportunidade acontecer.
O valor da metalinguagem do risco na identificação dos riscos já é bem conhecido. Agora a mesma técnica pode fornecer um framework para o desenvolvimento de respostas apropriadas para ambos: ameaças e oportunidades, garantindo que as ações promovam de forma eficaz os resultados esperados.
Traduzido por Marconi Fábio Vieira, PMP
Para dar opiniões sobre este artigo, ou para maiores detalhes como desenvolver uma gestão de riscos eficaz, contate Doctor Risk ([email protected]), ou visite o web site do Doctor Risk (www.risk-doctor.com).
Autor
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• Certificado PMP (Project Management Professional) desde 2003. • Certificado MVP (Most Valuable Professional) em Project da Microsoft desde Janeiro 2009. • Autor do livro “Gerenciamento de Projetos de Tecnologia da Informação”, 2ª Ed., outubro de 2006 – Editora Campus/Elsevier – Prefácios de Ricardo Viana Vargas e Danúbio Beker Borba. • Atua como consultor na equipe de planejamento de projetos de grande porte, apoiando as áreas de Engenharia Civil, Tubulação, Instrumentação, Elétrica, Mecânica e Processo, envolvendo Projeto Conceitual, Projeto Básico, FEED, Processo de Licitação e Aquisição, Construção e Montagem, Condicionamento, Pré-operação e Partida de unidades de processo na área petroquímica.
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