Você, sua empresa e a prosperidade no caos
Você, sua empresa e a prosperidade no caos
Jornais diários, notícias boas e ruins. Notícias sobre aumento de inflação, queda de inflação, câmbio instável, exportações crescentes, ingressos substanciais de divisas, saídas de divisas, remessas ilegais, perda de mercado para o concorrente, obsolescência de alguns de seus produtos, seu time de futebol favorito perdeu. Um turbilhão em sua mente, tudo mexe com seu humor e também com o humor do mercado.
Como você “lida” com tudo isso na sua empresa?
Ter a empresa como uma ilha de prosperidade no meio do caos não só não é fácil como nos leva à outra pergunta: Até quando?
Provavelmente até quando o mercado permitir ou você mantiver sua capacidade de enxergar e aproveitar as oportunidades.
É impressionante como o homem tem capacidade de se reinventar, de se adaptar e prosperar no caos.
A força que destrói pode ser a força que constrói se bem direcionada e aproveitada. A força das águas pode destruir uma cidade, mas também pode fazer girar uma turbina. A adversidade e a escassez não só castigam o homem, mas também o provocam para enfrentá-las e para buscar soluções.
O homem, frente ao inconformismo, se deu asas e voou. Não nos esqueçamos, então, em nossas orações, de pedir a Deus que abençoe e dê vida longa aos inconformados.
Para muitas pessoas, o novo, o inusitado, leva a uma pergunta: por quê?
Para o criador, a mesma situação leva a outra pergunta: porque não?
A mesma situação, a mesma reação: o questionamento, mas com focos diferentes.
Você em sua empresa, frente a uma crise, como faz a pergunta?
Em épocas remotas o petróleo para alguns era apenas um óleo que tornava a água imprestável, para outro se tornou uma fonte de energia que move o mundo.
Que perguntas você tem feito para superar perdas de mercado para a concorrência?
O carrapicho, que gruda nas nossas calças quando vamos ao campo e nos dá um trabalho enorme para retirá-los, foi fonte de inspiração para a criação do Velcro.
Que perguntas você tem feito frente às crises que parecem acompanhá-lo?
A culinária é uma fonte rica de exemplos de soluções contra a escassez, basta ver os enlatados, os embutidos, os defumados, os congelados.
Que perguntas tem feito você frente à escassez?
Li uma vez que crise no idioma chinês é sinônimo de oportunidade, pois tem a mesma raiz de criação e criatividade.
Que perguntas tem feito sobre frente às crises?
A crise nem sempre demanda soluções complexas. Sempre que pego um clipe para prender alguns papéis, sou chacoalhado e me pergunto: que fiz hoje de novo, que soluções fui buscar para superar problemas que me incomodam?
Tenho em minhas anotações que o clipe foi criado em 1.900 e se mantém como solução até os dias de hoje, sem alterações.
Não só resolve com simplicidade problemas nos nossos escritórios como também gera receitas para muitas empresas que o fabricam.
Com que simplicidade você tem buscado soluções para suas crises?
Pasmem, a tesoura tem mais de cinco mil anos. Quer solução mais simples e imutável?
Que crise teria enfrentado seu inventor? Que perguntas teria feito? Que desconforto estaria sentindo?
Fato inquestionável: questionou e prosperou no caos.
A palavra caos foi citada inúmeras vezes, resta-nos perguntar: qual a definição de caos?
Os sinônimos que encontro são: bagunça confusão, desordem.
Ora, na visão de quem?
Para uma pessoa que não conheça as regras do futebol, ver 22 atletas correndo atrás de uma bola pode parecer um caos.
Uma pessoa que não conheça as regras de um jogo de xadrez, ao olhar para o tabuleiro pode ver o caos.
A prosperidade no caos só é possível para aquele que é capaz de questionar, enxergar e perceber o ordenamento das coisas onde todos vêem desordem.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
[email protected]
Nossas maiores conquistas não estão relacionadas às empresas que ajudamos a superar barreiras e dificuldades, nem às pessoas que ensinamos diretamente, mas sim àquelas que aprendem conosco, sem saber disso, e que ensinamos, sem nos darmos conta.
Autor
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Economista, contador, pós-graduado em controladoria pela USP. Vivência em empresas nacionais, multinacionais americanas e européia de lingotamento de aço, equipamentos siderúrgicos, retroescavadeiras e tratores agrícolas, lentes e armações de óculos, equipamentos de medição de calor, pilhas alcalinas, vestuários, material esportivo, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cerâmicas, bebidas quentes, plásticos reciclados, hotelaria e injeção de plásticos. Executivo nas áreas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas.
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